Minha curiosidade pela tecnologia começou na infância, por volta dos 7 anos, quando vi uma calculadora pela primeira vez. Fiquei empolgado com a possibilidade de fazer cálculos tão rapidamente. Minha mãe, percebendo minha paixão, me presenteou com uma.
Um tempo depois, me encantei com as máquinas de escrever e ganhei uma Olivetti Lettera 82. Seu design elegante e a facilidade de transporte, que a fazia parecer uma maleta, me motivaram a fazer até um curso de datilografia.
Minha jornada continuou com o Pong e o Atari 2600. Lembro de um velho computador no trabalho da minha mãe, com disquetes de 5 1/4 e uma tela monocromática verde, onde eu digitava esporadicamente. Cresci e, após me alistar na Marinha, iniciei minha carreira militar. Os conhecimentos adquiridos na infância foram fundamentais, e minha afinidade e curiosidade com a tecnologia me ajudaram a contribuir e aprender muito nas Organizações Militares onde trabalhei.
Realizava minhas atividades no prompt do DOS, iniciava o Windows com o comando win.exe
, e criava arquivos .bat
. Resolvia problemas sem internet, utilizando o comando /help
e lendo os manuais. Presenciei e trabalhei com a evolução dos computadores, desde os modelos 286, 386, 486 e Pentiums, atĂ© o surgimento dos disquetes de 3 1/2, cuja imagem ainda Ă© usada como Ăcone para a opção de salvar.
Em 2000, comprei meu primeiro computador: um AMD K62 500, com impressionantes 500 MHz de velocidade, 32 MB de RAM, um monitor de tubo de 14 polegadas e um mouse de bolinha. Naquela época, acessava a internet discada (principalmente de madrugada ou aos domingos, para economizar pulsos). Aprendi a usar o Excel para otimizar minhas tarefas no trabalho e gerenciar minhas finanças pessoais.
Nesse perĂodo, fui designado como administrador de rede simplesmente por saber instalar antivĂrus e mexer no Word e Excel. Apesar de gostar da função, nĂŁo era parte especĂfica da minha profissĂŁo de escrevente, o que me forçou a acelerar minha curva de aprendizado. Aprendi Novell 4.11, criei páginas web para o servidor, e realizei manutenções de hardware. Muitas vezes, ouvia dos usuários a clássica frase: "nĂŁo fiz nada, nĂŁo instalei nada e nĂŁo sei por que o computador parou de funcionar".
Anos depois, me aventurei com o Kurumin, uma versão brasileira do Linux, mas tive que abandonar por falta de suporte. Não desisti, aprendi Novell 6, formatei servidores, crimpei conectores RJ-45, estruturei redes e configurei IP estático, tudo isso de forma autodidata, seguindo tutoriais.
Em 2016, ingressei no curso de Sistemas de Informação na Universidade Federal Fluminense (UFF), mas tive que trancar a matrĂcula apĂłs um ano devido Ă minha jornada de trabalho de 14 horas diárias.
Utilizei diversos sistemas operacionais ao longo dessa trajetória, incluindo várias versões do Windows e Linux, além de pacotes como Office e LibreOffice.
Após me aposentar, em 2025, decidi reviver essa paixão pela tecnologia, ingressando no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Universidade Anhanguera.
Hoje, busco uma oportunidade para aprender, praticar e contribuir com soluções em uma empresa. Tenho certeza de que, quando fazemos algo por paixão, os resultados são sempre superiores.